Com uma programação que traz um mix único entre jornalismo e programas religiosos, o canal Record News promete ficar a ver navios com a chegada da CNN Brasil, prevista para ser lançada ainda em 2019. Isto porque o intitulado “canal de notícias da TV aberta” só decaiu desde o seu lançamento, em 2007 – naquela época, para os que têm boa memoria, feito de mãos dadas entre o ex-presidente Lula e o bispo Edir Macedo.

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Boa parte da pseudo-grade de programação do canal é composta por reprises de programas da RecordTV, com uma mescla de alguns programas próprios e outros pertencentes à acionista majoritária Igreja Universal, tais como “Programa do Templo”, “Em Busca do Amor”, “Corrente dos 70” e “Nação dos 318”. Nada mal para um canal de informação, não é mesmo?

Mesmo com um sinal de ampla cobertura nacional e até em países de fora – como França, Alemanha e Portugal – a Record News não conseguiu obter relevância, e tem atualmente um único nome de peso: o jornalista Heródoto Barbeiro. Apesar de eventualmente se vangloriar por obter alguma audiência em TV aberta, os resultados como um todo – leia-se: repercussão – são pífios, por exemplo, em vídeos colocados de forma aberta no YouTube. O “JR News”, comandado por Heródoto, chega ao pico de 4 mil visualizações – mesmo número registrado pelo jornal regional “SBT Cidade” (SBT Rio). Pouco, muito pouco para um canal tão “alardeado”.

Já a CNN Brasil continua gerando expectativa ao anunciar a contratação de nomes de peso – após William Waack e Evaristo Costa, anunciou nos últimos dias a jornalista Monalisa Perrone – todos ex-Globo (e nenhum ex-Record, puxa!). Especula-se no mercado que mais nomes “inesperados” podem ser anunciados até o lançamento.

E assim, volto também à pergunta feita há algumas semanas sobre a CNN Brasil: vem aí jornalismo… ou show?

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