Em pouco mais de um minuto, cenas com crianças dentro de graciosas caixas de boneca repletas de desenhos com delicadas nuvens perdem totalmente a leveza. O olhar atento capta um crescente desconforto com a tensão que vai se armando e que, em gestos nervosos, denota que ali se desenha um assédio sexual. É angustiante para quem vê. E é proposital.

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Os dois filmes disponíveis em http://www.gvt.com.br/contrapedofilia que compõem a campanha digital realizada pela GVT em parceria com a ONG SaferNet estreou nesta última sexta-feira, dia 11 de julho, e têm por objetivo incomodar. Afinal, a proposta é incentivar denúncias contra a exploração sexual infantil. Há razões para isso. A grande maioria dos casos de pedofilia acontece no conforto do lar, longe dos olhos externos. As pessoas que veem, muitas vezes, resistem em ajudar as vítimas desses crimes, denunicando, e precisam de incentivo para buscar os canais de denúncia.

A iniciativa de estimular a divulgação de canais como o Disque 100 e o www.denuncie.org.br foi anunciada na reta final da Copa do Mundo. Como em outros grandes eventos, o mundial aumenta a vulnerabilidade de mulheres, crianças e adolescentes por conta dos negócios ilícitos com o nefasto turismo sexual. Nesse contexto, a pedofilia ganha holofote. Durante a realização dos jogos de futebol na Copa da África do Sul, houve aumento de mais de 30% de denúncias contra exploração sexual infantil. Motivado por essas informações oficiais, o governo brasileiro intensificou os controles nas fronteiras do País e até impediu a entrada de pedófilos fichados pela polícia internacional.

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