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A TV brasileira passa por um momento de transformação. O símbolo desta transição aparece na importância do “streaming” que ganha cada vez mais força. O consumo de produtos da “televisão” cresce na rede. O Grupo Globo aposta no Globoplay para disseminar produções de dramaturgia. O serviço multiplataforma tem o objetivo de barrar o domínio da Netflix.

Dentro de tal contexto, surge “A Divisão”, de José Junior. A série retrata a corrupção policial, através da Divisão Anti-Sequestros (DAS). A história conta a onda de sequestros que aterrorizou o Rio de Janeiro no fim dos anos 90. Silvio Guindane, que interpreta Mendonça, e Erom Cordeiro, que vive Santiago, protagonizam a produção. “A Divisão” entra na cartilha de “Tropa de Elite”. O ambiente é similar.

A maior marca da série surge na direção de Vicente Amorim que aposta na linguagem cinematográfica. Há diversos momentos sem uma única fala. Embalados apenas com cenas que priorizam a preocupação com a fotografia e iluminação. Depois do silêncio sepulcral, surgem estampidos das armas. Tiroteio. Correria de policiais e bandidos.

“A Divisão” segue o rastro de outras produções que tentam quebrar as barreiras entre as linguagens de televisão e do cinema. Além da Globoplay, “A Divisão” tem a parceria do Multishow. Diante do estilo apresentado, é uma série dirigida a um segmento restrito de espectadores.

Fabio Maksymczuk

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