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Nesta semana, a TV Globo estreou “Um Lugar ao Sol”, de Lícia Manzo com direção artística de Maurício Farias. A nova novela das nove patina nos índices de audiência. Fica ao redor dos 23 pontos, índice muito fora do padrão da faixa horária, mesmo com as recentes reprises.

A nova aposta da emissora platinada possui uma estética que foge do padrão das telenovelas. Essa tendência já vinha desde “Amor de Mãe” que também não estourou na audiência. “Um Lugar ao Sol” vai ao ar com estética de supersérie, o que pode ser um dos motivos para a fuga do telespectador. O filtro da imagem também provoca rejeição (pelo menos, desta vez, não é escuro).

Além disso, o público continua sintonizado na reta final de “Gênesis”, pela Record TV, que vive o clima emocionante dos últimos capítulos. A nova produção da TV Globo não conseguiu capturar esse telespectador.

“Um Lugar ao Sol” aposta em um enredo clássico. Dois irmãos gêmeos com personalidades opostas. Um usurpa o lugar do outro. Comparações com “A Usurpadora” são inevitáveis. O elenco é composto por atores do primeiro escalão da TV Globo, como Cauã Reymond, um dos maiores símbolos de sua geração na teledramaturgia do canal, Alinne Moraes, Andréia Horta, José de Abreu, Marieta Severo, Andrea Beltrão, entre outros.

Até aqui, o enredo focou na troca de identidades entre os irmãos. Juan Paiva, que interpreta Ravi, deu liga com Cauã. Forma uma boa dupla nestes capítulos iniciais. As histórias paralelas serão desenvolvidas no decorrer da obra, o que é um acerto.

Diante do quadro exposto, o maior problema de “Um Lugar ao Sol” é a falta de identidade “novelão das nove”. Passa a percepção de uma supersérie com ritmo de filme encaixotada no horário mais nobre da TV brasileira.

Fabio Maksymczuk

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