Em um momento crítico da pandemia do Coronavírus no Brasil, a CNN Brasil fez a sua opção: incendiar o notíciário político, ao invés de mostrar a realidade do país. Seus âncoras, seja em qual programa for, estão mais preocupados (para além da aparência) em dizer se uma notícia é um “Exclusivo CNN” ou que vão dar outra notícia em “primeira mão”, do que noticiar sobre os milhares de casos confirmados, as milhares de mortes e, o mais importante: reforçar mensagens sobre medidas de prevenção. É melhor colocar uma tela com 6 a 8 pessoas em simultâneo – mais parece que estamos assistindo uma chamada via “ZOOM” – do que informação consistente e sem animosidades.

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Na contramão da Globo News – que tem liderado com folga a audiência em TV por assinatura – a CNN Brasil não apresenta praticamente nenhuma chamada, durante os intervalos comerciais, que tragam mensagens com medidas de prevenção ou de conscientização da população. A maior preocupação está em dizer que é “a maior do mundo”, ou em promover suas plataformas on-line e, claro, seus lindos, belos e incríveis apresentadores. Que, vá lá, não são grande coisa.

Já na Globo News, para além da notícia, mensagens de conscientização são apresentadas até 4 vezes por hora, num equilíbrio entre informação factual, dados e noticiário político. Podem chamar este colunista de esquerdista, PeTralha ou tendencioso, mas fato é que ninguém está apontando armas nas cabeças dos brasileiros para que assistam a Globo News — a equação é bastante simples: se dá audiência, é porque tem apelo. Ponto.

A curto prazo, a CNN segue a cartilha padrão de emissoras como a TV Record (ou mesmo do famigerado “Superpop”, da RedeTV): apelação barata para uma audiência fácil, mas credibilidade bastante duvidosa.

Mas… será que a CNN-Brasil-Maior-do-mundo-única-e-incrível se sustenta no longo prazo?

(Nota: a foto que ilustra este artigo de opinião foi extraída do Reddit – e retrata bem o que aqui foi exposto)

 

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