O ator Fábio Assunção é o convidado de Tony Ramos no programa “A Arte do Encontro” desta quarta-feira, dia 30, às 21h30 no Canal Brasil. A dupla lê escritos de John Lennon, Kazuo Ohno e Antoine de Saint-Exupéry e Fábio filosofa sobre política, dúvida e representação.

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"Tem como definir o mundo de hoje, não tem, né? Não tem. Sempre que eu penso muito, no geral, me vem a questão do tempo. Acho que a gente está vivendo eras diferentes, tempos diferentes, que vivem concomitantes. Não sei se é possível definir o mundo de hoje. É impossível falar de política hoje, você tem que cair num aspecto humanitário porque… há países que estão indo pra uma extrema direita. Hoje existe uma repulsa enorme pela esquerda. Mas pra mim a esquerda está muito mais ligada à compaixão, à solidariedade, a um pensamento social. Mas como é que você apoia … porque quando a gente fala de política, a gente fala de movimentos do pensamento, mas quem exerce são pessoas que são corruptivas, têm suas deficiências, seus problemas. Então não há nenhum movimento político que vá corresponder ao que você acredita, teria que ser uma teoria e não exercida por pessoas, porque tudo o que é exercido por pessoas é passível de erro" comenta o ator sobre política.

Existe o medo da dúvida? "Não, a dúvida é bem-vinda, é um instrumento da inquietude, eu nunca vou direto numa opinião, eu sempre questiono. A gente tava falando que tá num momento de muitas opiniões, eu vejo tudo muito radical. Eu tento entender os dois lados, os opostos, algo que busca algum equilíbrio, a dúvida é isso, a dúvida é a verdade. Rs. Eu acho que a dúvida é a verdade. Se você for pra um lado só não estará com a verdade, estará escolhendo uma verdade pra você"

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