O bairro Castro, circunscrito no distrito de Eureka Valley, em São Francisco (EUA), ainda expira a liberdade sexual que o caracterizou nos idos dos anos 1970. Até hoje carrega a classificação de bairro gay mais famoso do mundo. A permanência da analogia se deve basicamente a um nome: Harvey Milk, que, nesta quinta-feira (20/1), às 23h30, volta à vida no documentário-perfil The Times of Harvey Milk. O filme faz parte da faixa Cultura Documentários, da TV Cultura.

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Vencedor do Oscar de Melhor Documentário em 1985, o vídeo constrói um retrato brilhante do que se perdeu quando Harvey Milk e o prefeito George Moscone foram brutalmente assassinados pelo colega Dan White, em novembro de 1978.

Num filme intenso e comovente, que relembra um período de tensões políticas e sociais nos Estados Unidos e no mundo, vemos Harvey crescer desde a época em que era um garoto orelhudo, brincalhão e um “cara normal”, como diziam seus amigos, a um homem de bem consigo mesmo e com a homossexualidade, que reconheceu aos 14 anos.

O Milk político também emerge, e sai de sua figura como proprietário afável de uma loja de material fotográfico, chegando a um supervisor municipal autoconfiante, que imediatamente se estabelece como porta-voz de todas as minorias. Conhecido pelo carisma e poder de transformação, foi o primeiro mártir do movimento homossexual moderno. Em 2008, sua vida virou ficção nas mãos de Gus Van Sant, no também premiado Milk. Sean Penn, em uma impagável interpretação, levou o Oscar de Melhor Ator.

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