Impacto do aumento do dólar e outros fatores no balanço da empresa
O aumento significativo do dólar, associado a uma redução nas receitas e custos adicionais, refletiu diretamente no desempenho financeiro de uma conhecida empresa, que, apesar de um trimestre desafiador, conseguiu fechar o ano no azul.
Desafios financeiros para a Oi no último trimestre
A companhia de telecomunicações Oi (OIBR3), ainda em processo de Recuperação Judicial, enfrentou um prejuízo líquido substancial de R$ 2,9 bilhões no último trimestre de 2024. Esse resultado mostra uma deterioração significativa em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando as perdas foram de R$ 486 milhões.
Fatores que influenciaram os resultados negativos
Diversos elementos contribuíram para esse resultado negativo, incluindo a desvalorização do real frente ao dólar, que impactou negativamente a dívida externa da empresa, a diminuição das receitas operacionais e despesas extraordinárias, principalmente provisões para questões jurídicas. Além disso, a instabilidade fiscal e o aumento da aversão ao risco agravaram a situação econômica da empresa.
Queda expressiva no Ebitda
O Ebitda da Oi, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, registrou um valor negativo de R$ 641 milhões no trimestre, uma piora significativa em relação ao mesmo período de 2023, quando foi de R$ 72 milhões. Esse indicador, que geralmente reflete a eficiência operacional da empresa, apontou a fragilidade do momento atual.
Declínio na receita líquida
No período de outubro a dezembro, a receita líquida da empresa foi de R$ 1,9 bilhão, representando uma queda de 17,5% em relação ao ano anterior. Esse resultado financeiro foi ainda mais impactado por um efeito cambial adverso, que resultou em uma perda contábil de R$ 2,7 bilhões.
Redução de passivo com a Anatel
Apesar das adversidades, a empresa conseguiu um alívio contábil ao revisar seu passivo com a Anatel, convertendo depósitos judiciais relacionados ao Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), o que permitiu ajustar o valor da dívida e mitigar as perdas do trimestre.
Impacto nas unidades operacionais
A unidade Oi Fibra, que já foi vendida, apresentou uma receita de R$ 1,1 bilhão no trimestre, com uma redução de 1,4%. Por outro lado, a Oi Soluções, focada no mercado corporativo, viu sua receita diminuir 24,3%, totalizando R$ 409 milhões, refletindo a redução na base de clientes empresariais e a menor demanda por serviços de rede de cobre.
Despesas não recorrentes e redução de custos
A empresa registrou R$ 509 milhões em despesas não recorrentes, principalmente relacionadas a provisões trabalhistas de sua subsidiária Serede. No entanto, conseguiu reduzir os custos e despesas operacionais em 15,7%, totalizando R$ 2 bilhões.
Redução significativa da dívida bruta e estabilidade do caixa
Ao final de 2024, a Oi possuía R$ 1,8 bilhão em caixa e uma dívida bruta de R$ 2 bilhões, avaliada a valor justo, o que representa uma redução de 53,1% em relação ao final de 2023. Essa redução significativa é resultado do processo de reestruturação e das negociações com credores realizadas ao longo do ano.
Lucro líquido anual e desafios contínuos
Apesar dos desafios no último trimestre, a Oi encerrou o ano de 2024 com um lucro líquido de R$ 9,6 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 5,4 bilhões em 2023. Esse resultado positivo deve-se principalmente à aprovação do plano de recuperação judicial em abril, que permitiu à empresa abater cerca de 70% de sua dívida. No entanto, mesmo com essa melhoria contábil, o Ebitda de 2024 permaneceu negativo em R$ 1,5 bilhão e a receita líquida anual caiu 14,2%, totalizando R$ 8,3 bilhões, evidenciando desafios operacionais significativos para a sustentabilidade da empresa no mercado.
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