Com alguma pressa, o canal BandNews anunciou “nova programação” para a segunda quinzena do mês de junho. As novidades, que puderam ser vistas ontem (15), foram poucas. O canal vem reforçando que está há 19 anos no ar e que, a partir de agora, as equipes de TV aberta (Band) e paga (BandNews) estão juntas para trazer as notícias. “Nada além da verdade”, segundo eles. Mas a verdade é que, além de ser um pouco tarde (GloboNews e CNN Brasil já entenderam o recado), é urgente para a Band estancar a queda de audiência do canal.

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Com a chegada da CNN Brasil, o canal do Grupo Bandeirantes passou a ver sua audiência cair ainda mais – mesmo durante a pandemia do coronavírus. Dados divulgados pelo UOL em abril mostram que o BandNews ficou em quarto lugar (segundo o Ibope) entre os canais de notícia, atrás da famigerada Record News – que, apesar de ser considerada um canal aberto, ainda exibe telecultos da Igreja Universal em sua grade (… e cá entre nós: longe disso ser considerado notícia, não?!).

O “novo” BandNews traz como grandes, enormes, incríveis diferenciais ter um(a) apresentador(a) em pé, ao lado de um(a) apresentador(a) sentado(a).  Eles tentam fazer uma conversa informal, nos moldes do que os canais concorrentes GloboNews e CNN Brasil já fazem – mas o resultado não é o mesmo. Falta entrosamento e naturalidade entre os apresentadores. Falta ritmo. E esta não é uma ‘crítica pela crítica’: temos que torcer pelo sucesso de um canal de notícias, principalmente em tempos de desinformação em meio à pandemia.

Um dos pontos positivos do BandNews é a integração com os outros meios do Grupo Bandeirantes, como a Rádio Bandeirantes e BandNews FM. Mas, ainda desta forma, dá sono ao assistir. É como se jogassem simplesmente um vídeo para um estúdio de rádio e voltassem. Não há real integração – e pouca interação. E, convenhamos, isto se reflete de imediato para o público que assiste. Para um canal que está há 19 anos no ar, se reinventar poderia ir (muito) além de tentar copiar fórmulas prontas. Que tal inovar?

À BandNews, desejamos sorte na nova etapa. Mas, aqui, fica a crítica.

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