Brisanet promete roaming aberto, mas exige reciprocidade!

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O presidente da empresa argumenta pela necessidade de equilíbrio no mercado e sugere que operadoras móveis virtuais sejam excluídas para prevenir distorções competitivas.

Durante a 2ª Revisão do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) promovida pela Anatel em março, em Brasília, uma declaração do CEO da Brisanet, José Roberto Nogueira, ganhou destaque.

Ele mencionou que sua empresa está disposta a permitir o uso de sua rede móvel por outras operadoras, contanto que haja reciprocidade. “A Brisanet vai permitir o roaming em nossas redes pelo mesmo custo atual de R$ 1,80, desde que haja reciprocidade”, declarou Nogueira.

O CEO enfatizou que tal permissão seria exclusiva para operadoras que possuem infraestrutura própria, excluindo as MVNOs. Ele acredita que isso é essencial para manter um equilíbrio competitivo no mercado.

Exclusão de operadoras que não investem

Nogueira foi direto ao ponto ao dizer que permitir às MVNOs, que não detêm redes próprias, o uso da rede da Brisanet criaria uma competição injusta, especialmente em cidades menores onde as operadoras virtuais praticam preços mais baixos. “Em Limoeiro (CE), uma MVNO está cobrando R$ 29 por 20 GB, um preço inferior ao nosso!”, ele criticou.

Roaming baseado em reciprocidade

O executivo explicou seu ideal de funcionamento, onde o uso da rede deve ser mutuamente benéfico. Isso ajudaria a expandir a cobertura e reduzir os custos de implementação de novas redes em áreas ainda não atendidas.

“Cumprimos os compromissos dos leilões, incluindo a entrega de tecnologias 4G e 5G standalone em áreas rurais”, afirmou Nogueira. Ele também destacou o crescimento da infraestrutura da Brisanet, que tem se expandido além dos grandes centros urbanos.

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Promovendo um mercado equilibrado e competitivo

O líder da Brisanet aproveitou a ocasião para discutir o histórico de compartilhamento de redes no Brasil, mencionando o RAN Sharing (compartilhamento da infraestrutura de rádio).

Ele observou que as pequenas cidades foram prejudicadas por esse modelo entre 2017 e 2020, pois desestimulou a instalação de redes próprias. Assim, a Brisanet busca evitar esse problema com sua nova proposta.

“O Wi-Fi foi responsável por 98% do tráfego de dados nessas cidades, ainda assim, a receita proveniente da rede móvel supera a da banda larga fixa”, relatou. Apesar do alto uso do Wi-Fi, os verdadeiros lucros vêm do tráfego móvel.

Visando o futuro e o desenvolvimento regional

Nogueira reforçou seu plano de investir em regiões menos acessíveis e continuar o plano de investimento em infraestrutura própria. A Brisanet está pronta para colaborar, compartilhando sua rede, mas espera que outras operadoras façam o mesmo.

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