O programa A Liga volta à programação da Band nesta terça-feira, dia 22 de março, às 22h15. A nova integrante do quarteto é uma das novidades da reestreia, após quase três meses de férias. Sophia Reis, filha do cantor Nando Reis, complementa a equipe também formada por Rafinha Bastos, Débora Vilalba e Thaíde. “Eu era telespectadora do programa, portanto a minha adaptação foi tranquila. Estou totalmente entregue ao projeto”, revela Sophia, que já está enfrentando uma rotina intensa de gravações.

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A missão de cada membro é individual e exige muito envolvimento, já que os repórteres se colocam como coadjuvantes de cada história, sentindo na pele as vivências dos personagens. O contato com uma realidade antes desconhecida – ou vista de longe – promove reflexão, indignação e opinião. “A Sophia se encaixou perfeitamente na proposta. Além de ela ter sido um presentão para nós, o programa vai ganhar mais vida”, elogia Débora. Os integrantes não somente mantém os ouvidos atentos aos depoimentos como se submetem ao estilo de vida dos personagens, razão pela qual o programa não é um jornalístico convencional.

As pautas da segunda temporada são mais densas. A cada cena, a proximidade aumenta e os repórteres se debruçam sobre o tema, rindo, sofrendo, suando e se emocionando. “Nós enfrentamos situações muito complicadas, desafios que exigem superação”, confessa Thaíde. Serão abordadas as limitações impostas aos deficientes, o preconceito em relação à obesidade, a obsessão das torcidas organizadas, a miséria em que vive a população de favelas e as polêmicas que giram em torno das liberdades individuais – homossexualidade, aborto, legalização da maconha e soropositivos.

“Minha face comediante aparece às vezes durante o programa, principalmente nesta segunda temporada. Quando a pauta é muito chocante, preciso atribuir um pouco de leveza aos acontecimentos”, comenta Rafinha. Diversas subdivisões de um mesmo tema são detalhadas em cada edição. Geralmente com a ajuda de um especialista, o público recebe uma análise teórica sobre o que está acompanhando. O objetivo é afugentar a indiferença e promover mais cidadania.

O programa, criado pela produtora EyeWorks Cuatro Cabezas, foi eleito pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) o melhor jornalístico de 2010. Fora do Brasil, este formato foi Indicado ao Emmy e ganhou o New York Festivals, na categoria Melhor Reportagem Investigativa, e o Prêmio Martin Fierro de Jornalismo.

ESTREIA

O primeiro programa destrincha o tema “Trabalho Infantil”. A lei brasileira determina que menores de 16 anos estão proibidos de trabalhar – exceto na condição de aprendizes a partir dos 14 -, porém 4 milhões e 800 mil crianças são submetidas à exploração. Em outras palavras, elas trabalham como adultos por necessidade de alimento.

Descortinando as realidades urbana e rural, os quatro repórteres vão em busca de histórias: Rafinha Bastos acompanha a rotina de Douglas (12 anos), que passa o dia pedindo dinheiro no farol; Thaíde conversa com meninos que estão detidos na Fundação Casa por envolvimento em tráfico de drogas; Débora Vilalba visita uma comunidade do Rio Grande do Norte em que crianças preparam castanhas para consumo e Sophia Reis conhece a família de Francisco, que trabalha unida sob condições insalubres em um matadouro.

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