Diferentes civilizações ancestrais, separadas por milhares de anos ou quilômetros têm em comum o dia 21 de dezembro de 2012. Raios cósmicos, alteração do campo magnético da Terra, aumento das explosões solares, mudança física na estrutura atômica do planeta e salto quântico estão entre as teorias de renomados cientistas e estudiosos de diferentes áreas sobre o assunto. O especial 2012: Fim das Profecias, que o canal de TV por assinatura History estreia no dia 8 de dezembro, quinta-feira, às 22h, coloca em cena um debate sobre o que, de fato, poderá acontecer na tão temida e esperada data.
Sinais vêm se sucedendo: terremotos, furacões, tsunamis e cidades arrasadas, com uma freqüência e uma magnitude nunca vistas antes. Distintas culturas milenares da América, como os maias, os incas e os hopi, fizeram suas previsões e todas apontam para a mesma data. Religiões, profetas e livros sagrados também têm em comum a conclusão sobre o mesmo período para o fim do mundo. Seriam meras coincidências?
Uma civilização em particular – a Maia – deixou como legado calendários e ciclos de tempo, cujos conhecimentos foram tão precisos que muitas de suas afirmações são irrefutáveis até para a ciência moderna. Segundo ela, o sol e todo o sistema solar têm uma órbita que gira dentro da galáxia, e o tempo desse movimento é de 25.625 anos. A partir da premissa, dividiram em cinco os ciclos da órbita, também chamados eras.
Então, a cada 5.125 anos a Terra teria um sol e uma destruição do mundo. Segundo os calendários maias, vivemos a quinta era que termina justamente em 22 de dezembro de 2012. Para David Morrison, diretor do Centro Carl Sagan, do NASA Lunar Institute, os maias não fizeram nenhuma previsão de que isso aconteceria, e aqueles que defendem isso não conhecem a fundo o próprio calendário deixado pela civilização.
Márcia Ernesto, especialista em paleomagnetismo e geomagnetismo e professora titular da Universidade de São Paulo- USP; Luis de la Peña, especialista em física quântica; Alejandro Frank, físico nuclear; Gregg Braden, escritor e geólogo; e Oscar Uzcategui, antropólogo especializado em etnologia; entre outros que participam do programa, também têm suas teorias sobre o assunto.
Para muitos deles, há perigos que rondam a Terra. Em comum, teorias de eventos externos, como explosões solares – a partir do final de 2012, o fenômeno conhecido como ‘máximo solar’ voltará a ocorrer e suas consequências podem ser desastrosas –, diminuição do campo magnético da Terra, aproximação de um astro de dimensões gigantescas de nosso sistema e uma chuva de raios cósmicos provenientes do centro da galáxia em função do alinhamento do sistema solar.
No entanto, o que mais preocupa à maioria e que pode levar à destruição do planeta é o que já vem acontecendo: os problemas ambientais, a relação irresponsável do homem com a natureza e com o espaço que ocupa, que já causam fenômenos irreversíveis de transformações climáticas.
Especulações físicas, metafísicas e esotéricas à parte, David Morrison defende que as pessoas acordarão e verão que será mais um dia, como outro qualquer.