O deputado Federal Paulo Maluf (PP-SP) é o entrevistado do jornalista Kennedy Alencar no programa É Notícia. Formado em engenharia civil pela Escola Politécnica de São Paulo, Paulo Maluf trocou o comando das empresas da família pela política e, além de vários mandatos no legislativo, foi governador de São Paulo e duas vezes prefeito da capital paulista. Seguem trechos da entrevista que vai ao ar este domingo, 9, à 0h30, pela RedeTV!.
Corrupção
"Em primeiro lugar, nós estamos em um estado de direito, que eu contribuí. E, no estado de direito, quem julga é a justiça, não é o repórter que julga(…) E aqueles que me acusam de maneira mentirosa, me acusam porque não podem dizer que eu não trabalho (…) Eu, graças a Deus, não critico ninguém e trabalho mais do que eles para poder ter votos".
Pedido de prisão expedido pela Interpol
"Eles querem que eu vá lá prestar depoimento. E vocês da mídia, ao invés de dizer que eles são arrogantes, que invadiram o Iraque, que invadiram isso e aquilo, ao invés de defender o Paulo Maluf… Se eles querem me ouvir, vão ter que me ouvir aqui. Sou cidadão brasileiro. Não irei a Nova York, a lugar nenhum prestar depoimento".
Acusação ficha limpa
"Acusação, Kennedy? Ora, quem mais foi acusado nesse País? Juscelino foi preso e deportado, Getúlio se suicidou, Washington Luis foi preso e deportado e o próprio Lula também foi preso de maneira muito injusta. Então, acusação, desde que não tenha uma prova judicial por um tribunal superior, é acusação política do inimigo, do adversário. Não tem valor nenhum".
Bordão da campanha de 1998: Maluf não é santo, mas faz
"Eu posso dizer pra você, com muita sinceridade, quem tá no altar é porque foi santo pra santa madre igreja. Então, cada um tem os seus pecadinhos, mas os meus pecadinhos nunca atrapalharam ninguém, ao contrário, eu trabalhei mais do que ninguém por esta cidade, por este estado".
Nomeação ao cargo de prefeito de São Paulo no regime militar
"Olha, muitas pessoas dizem, para efeito de diminuir meu valor pessoal, que eu fui nomeado pela ditadura militar. Não tinha problema nenhum que eu fui nomeado porque outros foram nomeados e foram grandes executivos".
Apoio à ditadura
"Uma coisa é você olhar pelo retrovisor e outra coisa é olhar pelo para-brisa. E eu não olho pelo retrovisor porque senão você vai ter que culpar Pedro Alvarez Cabral, Getúlio, Café Filho, Jânio Quadros, Collor… A ditadura militar ou o regime militar teve coisas ruins de pessoas que também foram culpadas pelos próprios dirigentes (…) O que eu quero dizer pra você é o seguinte: quem iniciou, para sua memória, a abertura política desse país foi Paulo Salim Maluf. Quando, em 1978, indicaram Laudo Natel, que era um grande nome para governador de São Paulo, por Geisel e Figueiredo, dois generais quatro estrelas e um presidente em exercício e outro indicado, com o AI 5 na mão, e eu enfrentei todos".
Comissão da verdade: esses crimes devem ser investigados?
"Qualquer crime tem que ser investigado. Dentro do estado de direito, o ministério público e a polícia têm a obrigação de, encontrando alguma, coisa a acusar. E a justiça tem o direito de julgar, dando o direito da defesa".
Acordo com Geraldo Alckmin para 2012
"É evidente, se Alckmin continuar fazendo a gestão que ele está fazendo que, na minha visão, é uma gestão excepcional, ele vai ter todo meu apoio em 2014".
Eleição municipal 2012 – possível candidatura
"Não digo que sou nem digo que não sou. Eu acho que tudo no seu tempo. Me faz a pergunta em maio que eu respondo".
É Notícia, com apresentação de Kennedy Alencar, vai ao ar aos domingos, à 0h30 e é reexibido em horário alternativo, às segundas-feiras, à 0h25, pela RedeTV!.