Preferência por Pagamento das Contas de Internet em Meio a Dívidas
Um estudo conduzido pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) destaca que muitos brasileiros que estão endividados dão prioridade ao pagamento de contas de telecomunicações, mesmo deixando outras contas essenciais em atraso. A importância da internet como ferramenta de trabalho justifica essa preferência para a grande maioria dos endividados, que totalizam cerca de 68 milhões no Brasil. Dentre as dívidas mais comuns estão as de cartão de crédito, energia elétrica, água e uso de cheque especial.
A pesquisa indica que a possibilidade de interrupção do serviço de internet faz com que os devedores priorizem essa conta sobre outras. Afinal, a internet é vista como fundamental para a realização de atividades profissionais e comunicação.
Em reportagem do Jornal Nacional da TV Globo, foi mostrada a situação de alguns desses devedores. Guacira Barbosa do Nascimento, que trabalha com eventos e depende do celular para comunicação e renda, enfatiza a necessidade de manter a internet ativa. “Não consegui pagar todas as contas este mês, mas garanti a da internet, pois é essencial para meu trabalho”, diz Guacira.
Apesar das dificuldades financeiras, Guacira busca maneiras de se manter conectada, recorrendo até ao wi-fi da vizinha quando necessário. A vizinha, proprietária de uma papelaria, também considera a internet uma prioridade para seu negócio.
Segundo o estudo, a lista de pagamentos prioritários começa com a internet, seguida por telefone, água, luz, TV por assinatura, cartão de crédito e plano de saúde.
Contudo, especialistas financeiros advertem que, apesar de fazer sentido priorizar a internet por ser uma ferramenta que gera renda, é vital não descuidar de outras contas, especialmente aquelas com altas taxas de juros, como o cartão de crédito. Merula Borges, especialista em finanças da CNDL, alerta: “O cartão de crédito deve ser uma prioridade, devido à sua alta taxa de juros que pode aumentar rapidamente a dívida, complicando a situação financeira.”
O estudo reflete a dura realidade econômica enfrentada por muitos brasileiros, que precisam escolher quais contas pagar, uma decisão que impacta diretamente sua sobrevivência e capacidade de geração de renda, desafiando-os a equilibrar suas finanças pessoais constantemente.
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